Pra onde vamos? No coração de outro cantor, pouco burguês e muito caipira o sete do sete também tem história. Talvez hoje ela já esteja um pouco adormecida, mas já deu inspiração para uma poesia cantada. E toda vez que eu a ouço meu coração se enche de paz.
Em sete do sete de dois mil e quatro Deus levou um anjo embora, um anjo pequeno, de quatro anos incompletos, cabelos encaracolados que vez ou outra se enroscavam nos meus dedos, um anjo de olhos de bolinha de gude. É bolinha de gude, afinal estamos falando de uma criança. Mas, eu agradeço a Ele por ter deixado esse anjo em nossas vidas, mesmo que por tão pouco tempo. Nosso anjo se foi, mas deixou paz, mansidão, um riso puro que ainda ecoa doce e melódico em meus ouvidos. E as horas intermináveis que ele passou conosco valem por mil anos.
“Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir! - E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto… E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego…" (Antoine de Sain't Exeupèry)
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