domingo, 7 de março de 2010

Saudade

Estou há horas parada, olhando fixamente para a folha em branco.
Será que eu posso ir aí na sua casa? Sinara, 5º Andar, a gente joga os colchões na sala, seleciona uma playlist daquelas (pode até ter pagode, mas não conta pra ninguém).
Como está frio, eu posso levar meu edredon rosa ou, até ir de pijama e All Star.
Se tiver chovendo, você vem me buscar de guarda chuva.
E depois, pra tentar chamar o sono, você pode preparar um chocolate quente, e enfeitar a borda com leite condensado e chocolate em pó.
E depois que o texto sair, podemos dormir, ou melhor, apagar a luz, passar todos os canais da TV (às três da manhã tem uma programação estupenda, digna de crítica)... A gente faz um esforço e critica todos.
Daí quando o sol estiver nascendo, a gente se rende ao sono... E dorme com os lábios até adormecidos de tanto riso e os olhos meio inchados, de sono e de lágrimas... Quem sabe de Allegra.
Eu sei que isso não é possível agora, mas já foi... Inúmeras vezes!
E quando a saudade bate, eu abro meu baú de coisinhas felizes, onde eu encontro fotos, papel de bala, ingressos de cinema, bilhete de viagens, cartões e o mundo de sensações, que poucas pessoas têm o privilégio de experimentar...
Eu fecho os olhos e tudo acontece mentalmente, numa perfeita riqueza de detalhes
Eu respiro fundo e sorrio para o nada... Na verdade é pra você!
Pode ter certeza, que eu continuo, mesmo de longe, usando o nariz de palhaço, só pra te fazer rir, cortando o caminho pra te encontrar mais cedo, esticando o pescoço pra te achar, pra você nunca se sentir perdida e sozinha...
Enfim, com você eu nunca terei medo de me sentir ridícula!
Amo... Infinito

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