quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Lily e Roberto

Ontem, neste mesmo horário deixava este mundo, aos 89 anos de idade Dona Lily Marinho.
Instantaneamente tal notícia me chamou atenção,já que Dona Lily era esposa de Roberto Marinho, jornalista e fundador das Organizações Globo.
Admiro muitas mulheres que fizeram e fazem parte da história de nosso país, dentre eles Rachel de Queiroz, Zélia Gattai, Marina Silva, Zilda Arns e Dona Lily Marinho, que apesar de ser nascida na França, adotou o Brasil como pátria amada.
Mas, na verdade, gosto mesmo de escrever sobre histórias de amor, a minha predileta é, a dos também já saudosos Dorival Caymmi e Stella Maris. Porém, hoje de manhã, enquanto lia as notícias do dia tomei conhecimento da história de Lily e Roberto.
Primeiramente Lily foi casada com um Fazendeiro, teve um filho que faleceu precocemente num acidente automobilístico e, aconselhada pela a ex-primeira dama, Sara Kubitschek (uma mulher também notável) adotou um filho, João Batista, que lhe presenteou mais tarde com quatro netos. Acredito que depois de gerar, o ato de criar um filho como se fosse seu, é um gesto sublime e heróico – Só uma pessoa com uma incrível capacidade de amar é capaz deste gesto.
Enfim, Dona Lily e Doutor Roberto se conheceram na década de 40. Ele se apaixonou à primeira vista, mas conteve seu amor pelo fato dela se casada e manteve-se assim por um longo tempo, já que o primeiro casamento de Dona Lily durou 46 anos.
Apaixonados, Roberto e Lily casaram-se em 1991, 50 anos mais tarde, ela com 70 anos de idade e ele com 86. Na ocasião do reencontro dos dois, o jornalista dizia se lembrar de como ela estava vestida quando se encontraram pela primeira vez. Uma história de muito amor, cumplicidade e respeito que durou até a morte dele, em 2004.
Os dois foram figuras marcantes do amor maduro e duradouro, do famoso e inúmeras vezes citado “Amor paciente e benigno”.
Uma história que chamou a atenção, e que é transmitida por uma pessoa comum, que acredita e deseja que mais histórias como essa aconteçam e perdurem pela eternidade.

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